Opinião

Saco de cimento, asfalto e cesta básica

Por Marcelo Oxley
Empresário e jornalista
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Entramos em 2024, mais do que isso, ano de eleição. Eleitor, se prepare para receber o que "presta" e o que não "presta", em suas casas para pedir o seu voto.

Primeiramente não poderíamos deixar de avaliar a atual gestão administrativa da nossa cidade. Acredito que os números falam por si e a expressão "clichê" nunca esteve tão evidente como hoje. O desastre desses últimos anos já foi mencionado inúmeras vezes e os dados são alarmantes e preocupantes para o futuro da nossa querida Pelotas: o próximo prefeito (a) acordará no dia 1° de janeiro de 2025 com os cofres públicos defasados em mais de R$ 285 milhões, isso que ainda não foi contabilizado o ano de 2024. Além do mais, se houver vontade, deverá rever o quadro insano de CC's que hoje está batendo os 400. Deixaremos o descaso dos bairros para outros textos para que não fujamos do assunto proposto, mas, tenha cuidado ao transitar por sua via. De cada cem reivindicações recebidas pela prefeitura, 101 mencionam a quantidade de buracos no Município.

A nossa prefeita se perdeu já há algum tempo. Mesmo recebendo bons valores em emendas, do deputado federal do PSDB, não conseguiu entender as dificuldades de sua Terra. Sim, elas existem dentro da normalidade aceitável no País. Qual administração não atravessa por percalços? Todavia, bem como numa empresa ou num órgão mais organizado, devemos ter um plano de contingência. Você sabe qual foi esse plano utilizado pela Prefeitura? Aumento de impostos ao apagar das luzes e desculpas esfarrapadas. Tudo banhado com festejos de final de ano para mascarar os novos abusos, pois o povo, depois de suas festas, se esquece de tudo. A velha política ainda lateja.

"Vai ser ano um de austeridade, temos que cortar despesas. Pelotas vai seguir em frente e eu quero deixar uma contribuição para as gestões que vêm", disse Paula Mascarenhas. Como uma prefeita fala em cortar despesas com esse número de Cargos de Confiança que carrega consigo desde sempre? Como menciona corte de gastos se nunca fez força para buscar a inadimplência do IPTU? Qual contribuição ela se refere? A de não ter trazido uma empresa? Ou o ônus do seu déficit milionário? Será que eu li corretamente suas palavras para esse jornal? Não posso acreditar que Paula esteja na linha do governo federal: não faz e diz que fez. Colocar todos esses vexatórios dados no colo do novo gestor é fácil. "O último que sair apague a luz."

Peças já estão sendo movidas para o próximo pleito; tanto no executivo, quanto no legislativo. Falo com prioridade, pois fiz parte de 2020 e entendi, pelo menos um pouco, como o tabuleiro é formado, como a banda toca. Você não tem ideia dos valores que são movimentados e das falcatruas que muitos são submetidos por um cargo ou uma "beirinha". Na Câmara, temos vereadores fantasmas, que não são vistos em sessão, porém, são os mesmos que lhe oferecerão cimento para sua reforma, asfalto para sua rua e comida na sua mesa. Mesmo assim, não devemos esmorecer; existem alguns que se safam, são bons legislativos. Já no executivo há uma magnitude mais corpulenta, robusta; o que vale é o tempo de televisão e as cifras generosas que receberão. Enquanto um partido recebe R$ 50 mil, outro está recebendo mais de R$ 1,5 milhão para a mesma campanha. A disparidade é assustadora, mas compreendida dentro do campo político. Faz parte.

Você pode mudar o rumo de Pelotas em qualquer esfera política. Analise seus candidatos. No atual contexto, entendo que uma mudança seja necessária.

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